Já está no ar o novo episódio do Pod Observar, o videocast do Observatório de Políticas Públicas do Tribunal de Contas do Município de São Paulo. Disponível a partir desta terça-feira (24/06), o programa traz uma análise aprofundada sobre a escassez de áreas verdes nas escolas de educação infantil e ensino fundamental em todas as capitais brasileiras.
O episódio destaca como a ausência de contato com a natureza afeta diretamente a saúde física e mental de crianças e adolescentes, especialmente na primeira infância. Esses dados são apresentados por meio de uma pesquisa do Instituto Alana, intitulada “O acesso ao verde e a resiliência climática nas escolas das capitais brasileiras”, que evidencia os prejuízos causados pela falta de espaços naturais no ambiente escolar.
Para discutir o tema, o Pod Observar recebeu Maria Isabel Amando de Barros, especialista em Infâncias e Natureza do Instituto Alana e coordenadora do Grupo de Trabalho Natureza, Crianças e Adolescentes da Sociedade Brasileira de Pediatria. Engenheira florestal e mestre em Conservação pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP), Maria Isabel detalhou os dados do levantamento, que analisou 20.635 escolas de educação infantil e ensino fundamental nas 26 capitais e no Distrito Federal.
Segundo a pesquisa, 37,4% das escolas brasileiras — quase quatro em cada dez — não possuem áreas verdes internas nem em seu entorno. O estudo também identificou a presença de racismo ambiental e discriminação social relacionados ao acesso desigual a espaços verdes. Além disso, destacou que eventos climáticos extremos, como ondas de calor, enchentes, deslizamentos, secas e queimadas, podem comprometer o processo de aprendizagem das crianças.
Com um recorte específico para o município de São Paulo, o levantamento reforça a importância de políticas públicas que reduzam a vulnerabilidade das escolas frente às questões ambientais.
Para assistir a esta entrevista ou rever outras que já foram realizadas, basta acessar o canal do Pod Observar no Spotify; o portal do Observatório de Políticas Públicas ou o canal da Escola no Youtube.
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